Marketing Político: Facebook para as eleições

Na área do marketing político digital, quando o assunto é utilizar redes sociais, em especial o Facebook, durante as eleições, encontramos opiniões diversas. Encontramos grupos que defendem o Facebook como principal estratégia da campanha digital, assim como pessoas que descartam essa ferramenta justificando que o Brasil não é assim tão digital.

O que ambas as posições têm em comum, é o fato de terem uma visão estreita sobre o potencial e as limitações do uso das redes sociais em uma campanha eleitoral.

Aspas professor Marcelo Vitorino sobre uso do facebook campanhas eleitorais

Eu defendo que, neste assunto, os dois tipos de opiniões resumem-se entre uma visão profissional e uma visão amadora. E é justamente essas características que vão definir se a campanha digital converte em votos ou apenas em likes, tão buscados pelos políticos, mas que não valem nada na urna.

Aviso aos amadores: Campanha eleitoral na internet não é campanha no Facebook

Essa é uma frase que e não me canso de repetir em todos os meus cursos presenciais pela ESPM e a distância, no Guia do Marketing Político.

Um erro básico dos amadores é acreditar que campanha digital se reduz a postagens e comentários em redes sociais. Recentemente, publiquei um artigo explicando “4 iniciativas para provar que campanha política digital vai além da internet“, para mostrar que, quanto de trata de eleições, o digital e o  real não são dois mundo separados.

Mas, mesmo tendo uma visão abrangente sobre a importância da internet durante as eleições, quando o assunto é o Facebook (e as outras redes sociais) alguns profissionais ainda erram (e muito) no uso estratégico da ferramenta.

Então, quais os principais pontos que uma equipe digital deve entender para fazer uma campanha política na internet?

A Lei Eleitoral e o impulsionamento de posts nas campanhas políticas

O primeiro passo é conhecer as regras de uso definidas pela Lei Eleitoral e regulamentações correlatas.

O que pode? O que não pode? Saber essas respostas vai decidir inclusive se uma campanha será impugnada por uso incorreto de recursos no impulsionamento de conteúdo eleitoral.

Por exemplo, você sabia que o impulsionamento de conteúdo do candidato é autorizado apenas aos partidos, coligações e candidatos?

Ou que “constitui crime a contratação direta ou indireta de grupo de pessoas com a finalidade específica de emitir mensagens ou comentários na internet para ofender a honra ou denegrir a imagem de candidato, partido ou coligação?”

Não? Comece a ler a legislação agora!

O que saber para fazer uma campanha eleitoral no Facebook?

Além da legislação eleitoral, algumas competências são essenciais para quem vai trabalhar com a publicação de conteúdo e impulsionamento no Facebook.

Primeiro, saiba como criar, configurar e gerenciar páginas no Facebook com todos os recursos que ela oferece. Recomendo também implementar melhores práticas para uma boa performance no Facebook utilizando ferramentas e recursos das páginas de Facebook com mais eficácia.

É importante otimizar páginas para melhores resultados de visibilidade e engajamento e, para isso, desenvolva táticas para melhorar a relevância e alcance de conteúdos.

E como toda ação de marketing digital, defina as métricas e estude os relatórios disponibilizados pelo Facebook.

Foto da professora Natália Mendonça, responsável pelas aulas de uso de facebook em campanhas políticas
Natália Mendonça no curso Facebook para campanha eleitoral

Cada um desses pontos, Natália Mendonça, aborda no curso Facebook para campanhas eleitorais. O diferencial desse curso, além do passo a passo, é o fato de que Natália tem experiência em várias campanhas políticas na área digital então quando ela explica uma ação é porque ela já testou.

Como fazer anúncios para o Facebook em uma campanha eleitoral?

Bom, nesse caso, o primeiro passo é sempre bom reforçar: leia a legislação e tenha clareza do que é permitido e de quando é permitido.

Para Natália Mendonça, as principais recomendações em seu curso Anúncios de Facebook – impulsionamento para campanhas eleitorais, são:

  • Elabore sempre estratégias de segmentação de anúncios para campanhas eleitorais
  • Entenda como funciona a plataforma de gerenciador de anúncios do Facebook
  • Pense em anúncios para o Facebook e para o Instagram
  • Tome decisões sobre os melhores usos dos anúncios para atingir os objetivos da comunicação da campanha eleitoral
  • Use táticas de otimização de campanhas em veiculação para atingir melhores resultados

Quase sempre, o que separa profissionais de amadores ou campanhas vitoriosas de “tente daqui quatro anos” são os profissionais envolvidos nas ações. Por isso, a importância de fazer cursos e consumir conteúdos de qualidade sobre marketing político digital.

Se lembra de quando eu disse que campanha na internet vai muito além do Facebook?

É tudo verdade, por isso recomendo que você leia um pouco mais sobre o tema e conheça o potencial que existe além dos muros do Facebook. Não acredite em métricas de vaidade e números comprados, construa sua reputação digital e ganhe votos.

No fim das contas, é isso o que todos os candidatos procuram, mas acabam se perdendo no caminho.

Quem é Marcelo Vitorino: Consultor e palestrante de marketing político

Marcelo Vitorino é um dos pioneiros no uso de ferramentas digitais em campanhas políticas no Brasil. Tem em seu currículo participações em campanhas como as de Marcelo Crivella, Gilberto Kassab, José Serra, Orestes Quércia, Raimundo Colombo, Confúcio Moura, Geraldo Alckmin e muitos outros.

marcelo-vitorino-facebook

Possui um discurso bem diferente sobre o uso de internet, mais pragmático, quando comparado aos demais profissionais da área por aliar ao digital a  experiência de campo, tendo sido militante partidário, gestor de mobilização e comunicação com segmentos em campanhas tradicionais.

É também professor marketing político e marketing digital no Centro de Inovação e Criatividade da ESPM em São Paulo. Criador da primeira MasterClass sobre marketing político eleitoral do Brasil, nos formatos presenciais e on-line, que você encontra no Guia do Marketing Político.